Em reunião do fórum de discussão previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a Transpetro declarou que pretende condicionar a implantação do regime 1×1 ao pagamento de um “pedágio” que se daria com a redução do valor das horas extras dos marítimos, sob alegação de que o novo regime diminuiria o número de dias embarcados. Além disso, o valor da Etapa seria convertido em vale-refeição ou vale-alimentação.
As Entidades Sindicais marítimas foram contundentes em afirmar que não concordam com a visão da companhia, que considera apenas reduzir a folha salarial dos marítimos como possível compensação para a implantação do regime 1×1. Os Sindicatos propõem que a Transpetro também analise questões de cunho administrativo, na sede e nas unidades, que poderiam levar à redução de custos, lembrando que nenhuma outra empresa da cabotagem precisou lançar mão deste tipo de compensação.
Os Sindicatos registraram também as recentes reduções que a Transpetro vem efetuando no número de tripulantes a bordo de seus navios, levando a um acréscimo na carga de trabalho dos marítimos. Defenderam que, em vez de estudar fórmulas para reduzir os salários dos marítimos, a empresa deveria combater desperdícios, equívocos operacionais e de gestão, para gerar ganhos em escala. Para o SINDMAR, os dados apresentados deixaram claro que há descontrole na programação de embarques e desembarques, indicando que a Transpetro precisa melhorar a forma como administra seu pessoal marítimo e conduz sua gestão.
Leia a íntegra da Mensagem Circular enviada pelo SINDMAR.