Em ofício encaminhado à Transpetro, contestando a afirmação da empresa de que a existência de centenas de marítimos terceirizados estaria em conformidade com a legislação, o SINDMAR externou o descontentamento dos Oficiais que prestam serviço à estatal com relação às condições do concurso para os cargos de Segundo Oficial de Máquinas e Segundo Oficial de Náutica. O edital, além de excluir os marítimos que se encontrarem embarcados, prevê provas de esforço físico em corrida e natação, uma novidade no setor.
Insatisfeitos, os trabalhadores também reclamam da falta de exigência de provas de títulos, desconsiderando a experiência daqueles que prestam serviço à estatal. De acordo com o edital do concurso, as provas objetivas e o exame de capacitação física serão realizados nas cidades de Belém (PA), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Sebastião (SP), mas o item 1.4 das Disposições Preliminares diz que “havendo indisponibilidade de locais suficientes ou adequados nas cidades de realização das provas e exame, esses poderão ser realizados em outras localidades”.
Ora, se a própria Transpetro afirma que há a possibilidade de as provas serem aplicadas em outras localidades, por que não estudar, desde já, uma forma de atender aos marítimos que estiverem embarcados? A empresa estaria esperando mais de 200 Oficiais pedirem demissão para poderem se deslocar ao local de prova? Ou seria este mais um processo seletivo cujo objetivo é manter centenas de contratados por tempo determinado?
Acesse o ofício encaminhado à Transpetro.
* O SINDMAR entrou em contato com a instituição organizadora do concurso, que disse não ter previsão de realização das provas em navios.