Estudo de autoria da analista Dhanvi Bosamia, para a Clarksons SIN, apresenta a mudança ocorrida nos principais segmentos do transporte marítimo mundial. Na década passada a expansão do transporte marítimo mundial era liderada pelos segmentos de granéis (grãos e minérios) e contêineres. A partir deste ano de 2015, essa tendência apresentou mudança, refletindo redução da economia global. O transporte marítimo de petróleo e derivados surge como o principal segmento com potencial de expansão. O segmento de transporte marítimo de contêineres ainda se mantém em segundo lugar considerando a perspectiva de expansão.
Redução no segmento graneleiro
O segmento de transporte marítimo de granéis, que chegou a representar expansão de 61% no período 2005-2014, projeta uma redução de 11%, em 2015. Este segmento foi impulsionado pela demanda da China, especialmente minério de ferro e carvão, que até agosto de 2015 apresentaram uma redução de 31%, em relação ao mesmo período de 2014.
Contêineres
O transporte de contêineres deve apresentar expansão de 30%, em 2015. No período 2005-2014 esse segmento representou 22% do total do transporte marítimo mundial. Apesar da redução nos fluxos de transporte em direção a Europa, ocorreu acentuado aumento nos fluxos intra-Asiáticos.
Petróleo e derivados
O transporte marítimo de petróleo e derivados que apresentou taxas de expansão de 1% ao ano, no período 2005-2014, em 2015 sinaliza uma expansão de 4%. Refletindo as importações de petróleo bruto da China, aproveitando os baixos preços do barril. A Europa também ampliou a importação de petróleo, em reflexo a melhores margens de lucro do processo de refino, com os preços reduzidos do barril, sinalizando uma expansão nas importações e do transporte marítimo de 8% em 2015.
Reflexos da economia
A economia mundial apresenta impactos visíveis no transporte marítimo mundial, com uma expansão mais equilibrada e mais lenta dos principais segmentos, demonstrando um novo cenário de tendências que vai influenciar decisões de operadores de frotas de navios.
Fonte: TNPetróleo