É tarefa contínua e permanente do SINDMAR denunciar ao poder público qualquer embarcação que opere em nossas águas burlando tanto a legislação nacional quanto as normas internacionais. Entre os chamados “navios piratas”, encontram-se aqueles que não cumprem o percentual mínimo de marítimos brasileiros a bordo estabelecido pela Resolução Normativa 6 – RN6. Alguns desses levam o nome Sapura e foram denunciados recentemente pelo SINDMAR. Em vez de se adequar à legislação, contratando Oficiais brasileiros, a empresa notificou o Sindicato rechaçando as acusações, reclamando de ter tido a imagem maculada e exigindo que o material publicado sobre as denúncias fosse retirado de circulação.
Vamos, então, aos fatos. Desde o fim do ano passado, o SINDMAR vem constatando uma série de irregularidades por parte da joint venture formada pela Seadrill e a SapuraKencana que opera no offshore. Depois de ter negado o acesso da representação sindical ao Sapura Jade, em um terminal privado, a empresa foi denunciada ao Ministério do Trabalho – MT por prática antissindical. Em visita a outro de seus navios, o Sapura Diamante, atracado em porto público, o SINDMAR teve confirmação da própria tripulação de que não havia sequer um Oficial brasileiro a bordo do Sapura Jade, deixando claro o motivo de o acesso àquela embarcação ter sido vetado. O fato foi relatado ao MT, que notificou a empresa para que apresentasse alguns documentos dentro de um prazo estipulado.