Em Ofício destinado à Mercosul Line em 1º de Junho de 2017, o SINDMAR expõe os procedimentos protelatórios adotados pela empresa para impedir um Acordo Coletivo de Trabalho – ACT justo. O SINDMAR compreende que a negociação como estímulo ao diálogo construtivo não tem sido o conceito a reger os procedimentos da Mercosul Line na proposição de um ACT. A ação da empresa, até agora controlada pelo Grupo Maersk, tem sido marcada pelo artifício de arrastar a negociação para provocar desgastes para os trabalhadores premidos por seus salários defasados e para o Sindicato, ao qual cabe representá-los e defendê-los.
O SINDMAR reafirma que não reconhece qualquer consulta promovida a bordo pela empresa ou pelos seus representantes, lembrando que essa inversão de papéis caracteriza-se como ação anti-sindical, uma vez que a representação efetiva desses trabalhadores cabe unicamente ao Sindicato. Da mesma forma, não foi autorizado que consultas aos Oficiais e Eletricistas fossem realizadas por outras Entidades Sindicais. A disposição do SINDMAR para o diálogo e a negociação é demarcada pelo princípio de não se admitir ACT que resulte em perdas para os seus representados. Ao mesmo tempo em que não abre mão do diálogo, o Sindmar não deixará de buscar a justa correção dos salários de seus representados frente à inflação, mesmo que a empresa continue a criar obstáculos na negociação.