Em vez de apresentar propostas para a efetiva implantação do regime de trabalho e repouso 1×1, a Petrobras e a Transpetro solicitaram às Entidades Sindicais, em reunião realizada dia 9 de março, informações detalhadas a respeito do resultado da última Consulta, que teve rejeição de 98% dos trabalhadores marítimos. Elas pediram para que os votos fossem separados por empresa, embarcação, categoria e perfil dos marítimos, querendo identificar grupos de aposentados e trabalhadores ativos.
Os Sindicatos se negaram a oferecer tais informações e lembraram que as mudanças no processo de votação e divulgação de resultados que fizeram a CONTTMAF chegar ao atual modelo se deram em razão de comportamentos inadequados de representantes da Transpetro em consultas anteriores. Eles pressionavam os trabalhadores marítimos durante as votações, inclusive com tentativas de retaliação.
As empresas também solicitaram às Entidades Sindicais esclarecimentos sobre o que pode ter motivado a significativa rejeição das propostas. Os dirigentes sindicais deixaram claro que não se prestarão ao papel de tentar remendar a proposta indecorosa apresentada durante a negociação realizada no dia 16 de fevereiro. Segundo os sindicalistas, a Transpetro e a Petrobras devem ser responsáveis pelos problemas que criaram.
O SINDMAR e os sindicatos coirmãos reafirmaram a necessidade de as empresas apresentarem propostas robustas, para modificar substancialmente os itens que hoje impedem os trabalhadores marítimos de encará-las como minimamente aceitáveis. Entre os itens inaceitáveis estão a redução de salário quando desembarcado; a proposta de eliminação do Adicional de Dias de Embarque – ADE, conhecido a bordo como multa; o repasse de reajustes aos aposentados do PSP não repactuado; e o longo período de dois anos sem reajuste salarial.
As empresas informaram que reavaliarão as suas propostas e em breve agendarão nova reunião para dar continuidade ao processo negocial.
Leia mais na Mensagem Circular SINDMAR-Petrobras e Transpetro.