Matriz sinaliza que a corporação trabalha mesmo é para ganhar mais mercado e diz que pretende adquirir outras empresas. Enquanto isso, aqui no Brasil, dentro das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, a Mercosul Line, controlada da Maersk, alega todo tipo de dificuldades para corrigir os salários de seus empregados marítimos frente à inflação. Estamos de olho!
O CEO da Maersk Line, Soren Skou declarou em entrevista recente: “No longo prazo, os vencedores neste negócio serão aqueles com os custos mais baixos, e custos baixos são alcançados através de escala. Queremos que a nossa quota de mercado cresça organicamente a cada ano. (…) Atualmente estamos crescendo organicamente tão rápido quanto nossos maiores concorrentes. (…) Grandes fusões podem mudar isso, mas, medido organicamente, nós nos equiparamos aos nossos maiores concorrentes”.
Parte da nova estratégia da Maersk Line, revelada em setembro, é contribuir para o seu crescimento através de aquisições. Skou não quis comentar quais metas específicas a administração identificou. “Se virmos a oportunidade certa, vamos atacar. Estamos bem capitalizados e temos uma forte reserva de liquidez, por isso poderíamos financiar aquisições”, completou.
“A empresa é a Arábia Saudita do mercado de contêineres”, disse a DNB Markets em nota aos clientes na quarta-feira. “A combinação de forte crescimento de volume com taxas ainda baixas significa que ainda acreditamos que a Maersk Line continuará a usar o preço para ganhar quota de mercado”, declarou a DNB.
Fonte: gCaptain
O SINDMAR faz um alerta para que os Oficiais e Eletricistas com vínculo empregatício com a Mercosul Line estejam atentos e em sintonia com o Sindicato. Entendemos que o crescimento da Maersk é salutar, mas não podemos aceitar que isso ocorra em detrimento da reposição das perdas salariais dos trabalhadores marítimos brasileiros.