A Diretoria de Portos e Costas – DPC, em resposta à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos – CONTTMAF sobre os riscos de fadiga e acidentes decorrentes da redução de tripulantes nas embarcações, limitou-se a citar trechos da NORMAM-01/DPC, sem abordar os argumentos e as denúncias expostas.
A CONTTMAF enviou novo Ofício à Marinha do Brasil, reiterando a necessidade de todos os Cartões de Tripulação e Segurança – CTS passarem por criteriosa revisão, com a participação da Organização Sindical neste processo. A entidade observou que armadores vêm reduzindo o número de tripulantes dos CTS originais de suas embarcações, ao longo dos anos, sem acrescentar nenhuma inovação tecnológica, nas embarcações, que justifique essa redução. Apesar de inicialmente terem empregado tripulação em número superior ao estabelecido no CTS, os armadores têm sistematicamente retirado de bordo os tripulantes que excedem o número mínimo, aumentando o risco de acidentes para os embarcados.
No documento, a CONTTMAF deixou claro que não tem a pretensão de questionar o fato de que a DPC realiza inspeções a bordo das embarcações. No entanto, a Organização Sindical ressalta que o foco das inspeções necessita ser ajustado frente ao novo comportamento dos armadores, além do que é papel da nossa Confederação chamar a atenção da Marinha do Brasil para o fato de que a redução de tripulantes no CTS provoca fadiga nos trabalhadores, colocando em risco a segurança a bordo.
Leia o ofício que a CONTTMAF enviou à DPC.