Um profissional terceirizado da Petrobras morreu nesta terça-feira (2/8), em decorrência de um acidente na plataforma de exploração de petróleo P-19, na Bacia de Campos (RJ).
O caldeireiro Patric Carlos, de 37 anos, foi vítima de intoxicação causada por vazamento de CO2 no compartimento onde se encontrava. O trabalhador deixa mulher e dois filhos.
Este foi o terceiro acidente com morte envolvendo a Petrobras desde o início do ano. Em fevereiro, um trabalhador morreu enquanto realizava atividades num espaço confinado na Refinaria de Duque de Caxias – Reduc, no Rio de Janeiro.
No mês seguinte, um helicóptero com 13 pessoas, contratado pela Petrobras, fez um pouso forçado próximo à plataforma de Manati, na baía de Camamu, no sul da Bahia. O piloto morreu e vários passageiros foram resgatados com ferimentos.
Nos últimos anos, a Petrobras vem lançando mão de uma gestão que privilegia o lucro distribuído aos acionistas em detrimento da segurança nas operações e de boas condições de trabalho. Em nota, a Federação Única dos Petroleiros – FUP ressaltou que a estatal precisa se responsabilizar pela segurança dos seus empregados.
“Não é possível que pessoas continuem morrendo em acidentes dentro de seus locais de trabalho. A empresa é responsável pela segurança das pessoas que estão dentro de suas unidades. Até quando famílias perderão seus entes queridos por descaso da Petrobras? É inadmissível”, diz o texto da FUP.
A Confederação dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos – Conttmaf divulgou que a organização sindical maritima brasileira se solidariza com os companheiros petroleiros, reforçando a necessidade de unidade dos trabalhadores do Sistema Petrobras na luta por um ambiente de trabalho seguro e saudável, uma vez que o tema não é prioridade para a administração da estatal.