Na manhã desta sexta-feira (5), a diretoria do Sindmar se reuniu com representantes do Syndarma/Abeam para dar continuidade à negociação de uma possível proposta de convenção coletiva de trabalho (CCT) para o apoio marítimo.
Durante a reunião, apesar de haver receptividade para grande parte das cláusulas historicamente praticadas em nosso setor e que fazem parte dos acordos firmados, os representantes dos armadores informaram que rejeitam as reivindicações de reajuste salarial contemplando a inflação mais ganho real para oficiais e eletricistas, ao passo que o Sindmar insiste na necessidade de haver ganhos acima da inflação para os seus representados – motivos pelos quais a reunião foi encerrada sem uma definição a respeito das remunerações.
“Nos acordos firmados pelo Sindmar com as empresas do apoio marítimo em 2021 e 2022, procuramos regularizar um longo período em que não houve acordos e algumas empresas abusaram das relações com os nossos representados. Essas negociações foram conturbadas, houve necessidade de mobilização coletiva efetiva e muitas delas fugiram das condições normais que se espera para o setor. Na maior parte dos acordos então firmados, o reajuste alcançado foi o INPC acumulado no período anterior de 5 ou 6 anos, dependendo do caso, sem ganho real nos salários. Com a retomada de negociações regulares, com toda tranquilidade, esperamos dos armadores a oferta de reajustes salariais acima da inflação”, declara o presidente do Sindicato, Carlos Müller.
Cabe lembrar que a sugestão para se iniciar uma negociação de convenção coletiva partiu do próprio Syndarma/Abeam. Então, o mínimo que se espera é uma postura mais ousada da armação no que se refere a uma proposta benéfica para ambas as partes, que possa se mostrar atrativa para os marítimos, já que uma CCT, caso aprovada, abrangeria todas empresas do setor.
O Sindmar tem plena consciência de que os reajustes alcançados em 2021 eram referentes a cinco anos de INPC e, portanto, não é de se esperar que acordos regulares viabilizem saltos do mesmo tamanho. No entanto, considera o ganho real uma demanda justa.
As propostas de ACT ou CCT continuarão sendo submetidas pelo Sindmar a um amplo processo de consulta e só serão assinados acordos e convenções caso sejam aprovados em votação pela maioria dos marítimos participantes da consulta, que será realizada entre os que serão alcançados pela norma negociada.
É importante lembrar, também, que os acordos coletivos de trabalho continuam sendo negociados com cada empresa e têm prevalência sobre a convenção coletiva. Como informado em mensagens anteriores, o Sindmar tem dado prioridade à negociação dos ACT de seus representados que participam de forma mais significativa como associados.
Aqueles que desejam ter prioridade na negociação não devem ter dúvidas de que o caminho é contribuir para aumentar o nível de filiação ao Sindicato entre os oficiais e eletricistas da empresa em que estão empregados.
Juntos somos mais fortes!