Por ampla maioria, marítimos da Transpetro recusaram a terceira proposta de acordo coletivo de trabalho (ACT) seguida oferecida pela empresa. De acordo com apuração da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Portos (Conttmaf), 96,3% de seus representados optaram pela rejeição.
Entre as reivindicações não contempladas, a questão do avanço salarial em nível compatível com o praticado nas demais empresas de navegação do Brasil, a implantação de um plano de carreira, cargos e salários justo para o corpo funcional marítimo – o único do Sistema Petrobras não agraciado com um PCCS – e o fim da carência de 10 dias para o desembarque estão no topo da lista.
Destacam-se, ainda, outros pleitos como o reajuste nos vales alimentação e refeição, o pagamento de dobras para os dias excedentes de embarque, o estabelecimento de uma discussão sobre condições específicas para o Giaont, cozinheiros e enfermagem, a continuidade dos navios construídos pelo Promef com comandante, chefe de máquinas e pelo menos 2/3 de tripulantes brasileiros empregados e a incorporação do valor atualmente desembolsado pela empresa a título de PPP à PLR negociada com os sindicatos marítimos.
Em vídeo distribuído em seus canais de comunicação, a representação sindical criticou a proposta injusta de plano de cargos e salários oferecido pela empresa apenas para um grupo de empregados marítimos, discriminando parte significativa das tripulações e não resolvendo a enorme defasagem salarial em relação ao setor privado, que pode alcançar 40%. Com tamanha diferença, atualmente, a Transpetro pratica os mais baixos salários no setor.
Saiba mais sobre o resultado da votação e a proposta de ACT recusada.