Nesta terça-feira, 12, o Sindmar assinou acordo coletivo de trabalho – ACT 2021/2023 com o grupo Edison Chouest, que além da Bram – maior empresa a operar no offshore brasileiro – controla a Alfanave e a Cybra.
Sem ACT desde 2016, a Bram desvinculou-se da negociação conduzida pela Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo – Abeam depois que seus oficiais e eletricistas, insatisfeitos com o conjunto de atitudes de desrespeito à relação de trabalho, solicitaram ao Sindmar autorizar a decretação de estado de greve. Diante da iminência de uma paralisação, a Bram procurou a representação sindical e negociou os termos do acordo.
A proposta de ACT oferecida pela Bram teve 99,5% de aprovação em consulta realizada com os representados do Sindmar. O acordo terá vigência de dois anos e estabelece o reajuste dos salários pela inflação no período, além de corrigir, a partir de 1º de fevereiro de 2021, as condições inferiores que eram impostas aos oficiais e aos eletricistas admitidos nos últimos dois anos, o que garantirá as mesmas condições dos marítimos veteranos aos recém-contratados.
O ACT traz, ainda, a correção de toda a inflação acumulada entre 2016 e 2020, referenciada pelo INPC, aplicada sobre os valores que servirão de base para os reajustes praticados a partir de fevereiro de 2021, cláusula que vinha sendo pleiteada pelo Sindmar há mais de cinco anos nas negociações com a Abeam. Além de manter todas as condições do ACT anterior, o novo acordo traz um termo aditivo específico para o período da pandemia de Covid-19 e estabelece indenização para os marítimos representados pelo Sindmar com mais de 60 anos que tenham sido demitidos durante a pandemia, bem como garantia de emprego para os oficias e eletricistas da Bram pelos próximos seis meses.
O Sindmar parabeniza os oficiais e os eletricistas da Bram, ressaltando que o fato de terem se organizado e se mobilizado em prol da luta coletiva foi determinante para que a empresa oferecesse uma proposta que atende às reivindicações dos trabalhadores.