Acompanhando a tendência dos últimos anos, o número de proprietários de embarcações de apoio marítimo no Brasil passou de 82 para 67 empresas no período entre março de 2015 e março de 2017, representando uma queda de 20%. Nesse período, 30 empresas deixaram o País. Mcdermott – que teve os contratos de dois PLSVs desfeitos pela Petrobras – Gulfmark, Havila Shipping, World Wide Supply, Deep Ocean e Bumi Armada estão entre elas. Em vários casos, houve bloqueio dos navios dessas empresas em benefício dos de bandeira nacional, aos quais legislação brasileira garante prioridade na contratação.
A Edison Chouest manteve a liderança no período, tendo ganho dois pontos percentuais na participação de mercado, que passou de 11,3% para 13,1% do total. O grupo CBO permaneceu em segundo lugar, subindo de 4,3% para 7% do total. A Starnav subiu de nono para terceiro lugar, com 17 embarcações contratadas no Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo da Petrobras (Prorefam), aumentando sua participação de 2,9% para 5% do total.
Já a Tidewater, que em 2015 ocupava o terceiro lugar, com 20 embarcações e 4% do mercado, despencou para a 25ª colocação, tendo mantido apenas quatro unidades em uso. Farstad caiu do quarto para o 16º lugar e Maersk baixou da 5ª para a 11ª posição no período.
Por outro lado, as empresas brasileiras de navegação (EBNs) se mantiveram estáveis desde 2015. Após pequena queda entre 2015 e 2016, quando o número de armadores passou de 46 para 43, em março de 2017 o número de EBNs chegou a 47. No topo, estão as mesmas empresas proprietárias: Bram/ Alfanave (consórcio que tem como participante a empresa do grupo Edison Chouest), CBO e Starnav.
Relatório da Associação das Empresas de Navegação de Apoio Marítimo (Abeam) referente a março, informa que a frota brasileira fechou o mês com 381 embarcações, registrando queda de 10% em relação ao mesmo período de 2016 (419 barcos) e de 21,4% comparado a março de 2015. No período, a frota de bandeira estrangeira caiu de 236 para 73 unidades, significando queda de quase 70% no biênio. Hoje, essas embarcações, que representavam quase metade da frota em 2015, correspondem a menos de 20% do total.
Fonte: João Montenegro – Brasil Energia