Em 26 de junho a Transpetro realizou reunião da Comissão Eleitoral do Conselho de Administração – CA 2017. Na ocasião, foi apresentado modelo do novo relatório que será disponibilizado à Comissão Eleitoral ao final do processo, identificando datas e horários de votação e os IP dos computadores que originaram os votos. Essa era uma exigência do SINDMAR desde a última eleição realizada, finalmente atendida pela Transpetro. A retificação de problemas identificados na votação pelo sistema informatizado CAEL era outra condição estabelecida pelas Entidades Sindicais para que se pudesse iniciar novo processo eleitoral.
Com estas providências atendidas por parte da Transpetro, as Entidades Sindicais concordaram com o cancelamento do processo eleitoral iniciado em 24 de janeiro de 2017, e a Comissão Eleitoral aprovou novo edital e cronograma da eleição. Desta forma, a Transpetro publicou, em 29 de junho, o edital para novo processo eleitoral visando à escolha do representante dos trabalhadores no CA. O período de inscrição de candidatos ocorrerá entre os dias 3 e 7 de julho.
Após constatar o pouco entusiasmo com que as tripulações da Transpetro receberam a participação de um companheiro Marítimo no Conselho de Administração da companhia nos últimos anos, o SINDMAR resolveu avaliar melhor o papel que temos desempenhado nestes processos eleitorais. A experiência recente nos deixa claro que nem sempre contamos com companheiros ou companheiras Marítimos que buscam concorrer ao cargo de Conselheiro de Administração com objetivo de atuar de forma efetiva em defesa dos interesses dos trabalhadores como fazem as Entidades Sindicais marítimas que nos representam.
Ao realizar prévias eleitorais entre os Marítimos em anos anteriores, procuramos unir forças entre o nosso pessoal marítimo na tentativa de eleger um candidato com o qual nos identificássemos. Isso, porém, não nos garante que aquele ou aquela que for eleito (a) permanecerá durante todo o seu mandato defendendo os princípios que abraçou inicialmente, ao receber o nosso apoio.
Considerando o estímulo das últimas administrações à promoção da subserviência abjeta aos seus interesses, não raro em prejuízo do próprio Marítimo, corremos o risco de apoiarmos alpinistas sociais, que visam primeiramente alcançar cargos gerenciais mais elevados na companhia sem que possamos contar com seu apoio na defesa dos legítimos interesses de quem representamos.
Assim sendo, decidimos não mais realizar, a partir deste processo eleitoral que se inicia, ações no sentido de promover ou apoiar a eleição de um representante marítimo, e esperamos que, ao votar, os empregados marítimos da companhia saibam escolher o melhor entre os candidatos.
Saudações marinheiras.
Severino Almeida Filho
Presidente do SINDMAR